Comunicar em público para muitas pessoas é altamente desconfortável, sendo motivo de grande ansiedade, ataques de pânico e stress com reações corporais, emocionais e mentais diversas e altamente desconfortáveis.
Contudo, é possível comunicar com bem-estar, serenidade, entusiasmo, paixão e com um brilho nos olhos, mesmo que o assunto não nos seja tão confortável. Claro que se o assunto for do nosso agrado, será mais fácil porque estaremos completamente envolvidos, comprometidos, apaixonados pelo tema e como tal a comunicação torna-se muito mais fácil, leve, fluída e natural.
Porém a base desse trabalho de comunicação para qualquer tipo de situação, começa primeiro pelo comunicador/orador, o qual deve fazer o trabalho de casa, que consiste em estudar bem o tema, preparar a exposição, treinar bastante, perceber o contexto e as circunstâncias em que vai fazer a sua comunicação e paralelamente visualizar-se sereno(a) e seguro(a) a fazer a preleção, procurando prever eventuais cenários adversos e as possíveis soluções, ou simplesmente deixar fluir e seguir a intuição, mas isso é outra história que requer conhecimento, tempo, treino e muita experiência.
Outra parte muito crucial do trabalho de casa, para não dizer a mais importante, é ter a consciência de que somos um todo composto por corpo, mente e emoções e que estas geralmente são o busílis da questão, porque interferem com o corpo e com a mente, perturbando o seu bom funcionamento pela influência irracional de uma série de emoções. Posto isto, será que devemos reprimir essas emoções e/ou colocar uma máscara “de tudo está bem e espetacular”, a chamada máscara “Instagram” que é irreal e pouco saudável, porque acaba por gerar uma série de frustrações?
Na nossa opinião e experiência não devemos esconder aquilo que sentimos, mas antes devemos deixar fluir as emoções, senti-las e observá-las sem as analisar ou justificar e paralelamente observar o fluxo, ritmo e intensidade da nossa respiração, porque ela é a nossa ferramenta principal para gerir as emoções e o desconforto que possamos sentir na pré-apresentação, durante esta, assim como perceber que somos nós que temos a capacidade de mudar a situação alterando o ritmo respiratório, a intensidade e profundidade deste.
A respiração deverá ser pelo menos abdominal (ar para dentro, abdómen para fora; ar para fora, barriga para dentro), feita pelo nariz, de forma lenta, profunda, silenciosa e principalmente consciente, ou seja colocando toda a atenção na própria respiração, se possível fazendo tudo isso com os olhos fechados para ter maior concentração no ato de respirar. Faça isso durante alguns minutos, sem esforço e veja como modificou rapidamente o seu estado emocional, físico e mental!
Esta parte de se entender e perceber-se melhor, faz parte daquilo que se denomina de Autoconhecimento, o qual é um processo para a Vida, por não acontecer de repente, por artes mágicas, como hoje uma série de atividades ditas “espirituais” ou de “desenvolvimento pessoal” promovem que ocorre num estalar de dedos, por se participar nalgumas aulas de Yoga, meditação, retiros e uma série estapafúrdia de invenções “pseudo-espirituais” que têm surgido.
O segredo do Autoconhecimento é estar ciente de que o processo para elevar a Consciência, não é fácil por ser necessário produzir uma série de transformações pessoais que nos tiram dá área de conforto e levam tempo, prática disciplinada de técnicas milenares, experiência acumulada e coerência comportamental com a filosofia de vida que se decidiu praticar. Esse tempo e os desafios que vamos enfrentando, temperam-nos com a resiliência, determinação e a flexibilidade ao erro, por meio da aprendizagem deste para assim termos a consciência de que somos humanos e como tal avançamos e recuamos no nosso processo de autoaperfeiçoamento.
Finalmente, tudo isso e mais uma série de imprevistos que fazem parte da Vida, como testes ao nosso desenvolvimento, é que nos dão a maturidade e a lucidez para perceber que o Tempo, é o grande Mestre, aliado à experiência acumulada ao longo da Vida, com a aplicação prática na Vida, de Princípios e Valores humanistas para nos guiarmos com Ética e Integridade na sociedade e deixarmos assim uma marca positiva e inspiradora pelos bons motivos.
António Pereira
Doutorando em Educação Física e Desporto, na Universidade Lusófona (ULHT) Mestre em Treino Desportivo, Dissertação em Alto Rendimento Desportivo, com o título “Recuperação Psicológica e Física em Nadadores Através do Yoga”, pela Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona (ULHT
Mestre em Treino Desportivo, Dissertação em Alto Rendimento Desportivo, com o título “Recuperação Psicológica e Física em Nadadores Através do Yoga”, pela Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona (ULHT)
Diretor/Coordenador do Curso Livre em Introdução ao Yoga, da FEFD, Universidade Lusófona
Mentor e Co-Coordenador do International Symposyum of Yoga, Science, Training and Quality of Life, pelo ILUTD, da Universidade Lusófona
Professor de Yoga, desde 1981
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