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O Poder da mente numa apresentação

Nem todos temos a capacidade de falar confortavelmente para uma plateia, como se de uma amena cavaqueira se tratasse. Seja ela virtual ou não.

Se para alguns é bom poder estar a transmitir conhecimento, promovendo aprendizagens, para outros parece que só estão mesmo é a ser observados e avaliados, o que aumenta a insegurança e ansiedade.

Felizmente, não estamos à mercê total do que nos acontece, ou até mesmo das nossas limitações, e existem algumas estratégias que nos permitem controlar, até certa medida, as tais inseguranças e/ou ansiedades que nos pretendem boicotar.

Perante a tarefa de elaborar uma qualquer apresentação, seja ela académica, profissional ou pessoal, deixo aqui algumas dicas para poderem aplicar antes, durante e depois da apresentação.

ANTES:

No início de uma apresentação, e depois de escolhido o tema, o passo seguinte será a pesquisa, complementando e esquematizando.

Certifique-se que fica a conhecer bem o tema; faça ligações e crie raciocínios para que o assunto que irá apresentar ganhe flexibilidade na sua mente.

Depois de concluída a elaboração da apresentação, treine várias vezes. Peça a alguém de confiança que assista, e que lhe possa colocar perguntas, para o ajudar a preparar-se.

Tenha em mente que só você sabe do que vai falar, pois ninguém irá ter nas mãos um guião exactamente igual ao seu.

DURANTE:

Logo no início, e se se sentir muito ansioso, pode focar-se um pouco na sua respiração, ao mesmo tempo que finge estar a mexer no computador, por exemplo. Tente acalmar-se e recorde que só você sabe exactamente do que irá falar. Não se esqueça de se apresentar de forma cordial e simpática, para que crie uma boa primeira impressão.

Tenha as notas ou auxiliares de memória perto de si. Até podem nem ser necessárias, mas transmitem-lhe segurança.

Procure falar de forma tranquila, nem muito rápido, nem muito devagar. O tom de voz também é importante.

Se tiver momentos de ansiedade durante a apresentação, procure inspirar menos do que expirar. O truque é diminuir ligeiramente a entrada de oxigénio no seu organismo, pois uma eventual hiperventilação reforça o estado de alerta e agitação. E isso é exatamente o que não queremos.

Há quem se foque num ponto da sala para não se distrair, mas o ideal será varrer com o olhar a plateia. Ideias como imaginar as pessoas nuas ou no wc também pode ajudar a diminuir a sua ansiedade, pois traz o caricato para a sua mente, o que obriga a desligar, nem que seja por uns segundos, o “botão” da autocrítica.

Faça pequenas pausas, para que as pessoas possam interiorizar o que ouviram, e pode perguntar se há dúvidas até ali, o que lhe dá alguma margem de manobra para se reorganizar.

Se surgir alguma dúvida à qual não saiba responder, apesar de toda a preparação que teve, pode sempre responder com: “- Essa questão é muito pertinente! Irei investigar melhor sobre isso.”, ou “Excelente questão! Alguém quer responder?”

Para quem é mais arrojado, pode sempre utilizar o seu humor.

À medida que vai fazendo a apresentação, é normal que vá fluindo sobre os temas, fazendo ligações entre os diapositivos que preparou, sem ter que lhes obedecer cegamente. Isso é perfeitamente normal.

DEPOIS:

Para as questões mais difíceis, ou contactos posteriores, pode disponibilizar o seu mail. Agradeça à plateia o interesse.

Não se esqueça de se parabenizar pela apresentação. Pode não ter sido perfeita, mas fez o que pôde, com dedicação e empenho, e isso precisa ser valorizado. s, pode disponibilizar o seu mail.

Paula Ramalhete
Psicóloga Clínica